domingo, 29 de maio de 2011

Nutrição para alunos em geral

Saúde Nutricional

O corpo humano requer energia (calorias) para funcionar de maneira apropriada. Esta necessidade é atendida pela combinação de diferentes alimentos e deve levar em consideração a taxa de metabolismo basal (TMB), a atividade física do indivíduo, a ação dinâmico-específica dos alimentos e as necessidades adicionais em condições especiais como lesões ou doenças.

O ser humano requer mais de 40 nutrientes, numa base regular, para manter a sua saúde. Tais nutrientes incluem: proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, sais minerais, fibras e água.

Através de uma alimentação saudável, bem balanceada e dos processos de digestão, absorção e metabolismo dos alimentos, a energia e os vários nutrientes necessários são obtidos adequadamente.

O bom estado nutricional é um importante parâmetro da adequação nutricional e, sem dúvida, causa impacto na qualidade de vida do indivíduo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a maioria dos governos tem publicado recomendações de ingestão diária de nutrientes para indivíduos saudáveis, que, por sua vez, sofrem adaptações, para mais ou para menos, em situações de doença.

Em situações normais, uma pessoa que mantém uma alimentação balanceada, intercalando e integrando os elementos da pirâmide alimentar, consegue suprir adequadamente suas necessidades nutricionais requeridas para o pleno funcionamento do organismo.

Pirâmide Alimentar Adaptada

Nota-se, a cada dia, crescente conscientização do papel da alimentação saudável na prevenção de problemas de saúde e sustentação do bem-estar diário.

Algumas pessoas apresentam necessidades nutricionais especiais e requerem cuidados com a alimentação sendo necessário, muitas vezes, a restrição de determinados nutrientes ou ingredientes, como por exemplo, a restrição de glúten e lactose para os diversos casos de alergias e/ou intolerância alimentares.

As necessidades de nutrientes podem ser aumentadas em situações adversas ao estado normal de saúde. Por exemplo, após um trauma, cirurgia ou em uma doença o organismo pode necessitar de nutrientes especiais em função desta condição adversa.

É de importância fundamental dar um suporte nutricional adequado durante condições especiais de saúde. Os dois extremos - alimentar excessivamente ou precariamente - podem ser prejudiciais à saúde e devem ser evitados para que o indivíduo tenha uma boa recuperação.

Podemos resumir em três momentos as diferentes situações em que o aporte nutricional desempenha papéis distintos, a saber:
  • - Alimentação Balanceada e hábitos de vida saudáveis a fim de evitar carências nutricionais, riscos para desnutrição ou obesidade e doenças associadas, como no caso das enfermidades cardiovasculares;
  • - Recuperação do estado nutricional e necessidades nutricionais agudas;
  • - Necessidades especiais crônicas.

Recuperação do estado nutricional e necessidades nutricionais agudas

Nas duas últimas décadas, a terapia nutricional em pacientes hospitalizados passou a ser, juntamente com os avanços dos conhecimentos fisiopatológicos, importante fator coadjuvante no tratamento, com conseqüente redução das complicações, do período de internação hospitalar e do índice de mortalidade e, paralelamente, redução dos custos.

A desnutrição é uma complicação constatada entre os pacientes hospitalizados e em Unidades de Terapia Intensiva, ocorrendo numa freqüência de 30 a 50%.

Em situações de agravo físico ou instauração de doenças, a manutenção de um estado nutricional ideal é necessária e contribui muito para a recuperação do indivíduo.

O médico ou nutricionista deve, em primeiro lugar, identificar os grupos de pacientes que precisarão de terapia nutricional e, em seguida, definir a terapia nutricional, de acordo com o estado de cada paciente e adotar o método de alimentação mais apropriado.

Necessidades especiais crônicas

É muito difícil reverter a complexa reação metabólica que se estabelece nos casos de pacientes críticos e graves, nas quais o corpo supre e desvia energia e substratos específicos para cobrir as necessidades energéticas, assim como para as necessidades de defesa do organismo e o processo de cicatrização. Esta resposta é essencial para a manutenção da vida, mas ocorre à custa de perda de proteína muscular e também, possivelmente, de proteína cutânea. A resposta metabólica só se encerra quando o evento primário está controlado, incluindo a redução da infecção, inflamação, perda de calor, etc...

A terapia nutricional pode compensar o balanço calórico e protéico negativo, mas muitas vezes não consegue reverter completamente a perda protéica até que a convalescença se inicie. Sendo assim, o uso de suplementos e substâncias imunomoduladoras podem auxiliar na recuperação e atenuar algumas das alterações metabólicas.

Os objetivos da terapia nutricional nestes casos são:

- Minimizar o balanço negativo energético e nitrogenado, além da perda muscular, evitando a desnutrição protéico-calórica;

- Manter a funcionalidade dos tecidos, especialmente a hepática, imunológica e da musculatura respiratória e esquelética;

- Influenciar beneficamente o período subseqüente de recuperação pós-UTI;

- Modificar a resposta e a função metabólica utilizando substratos especiais.

      

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Estudo dos OSSOS. Para alunos em geral

O osso é um tecido corporal que muda constantemente e que desempenha várias funções. O esqueleto é o conjunto de todos os ossos. O sistema musculoesquelético é formado pelo esqueleto, músculos, tendões, ligamentos e outros componentes das articulações. O esqueleto dá resistência e estabilidade ao corpo e é uma estrutura de apoio para que os músculos trabalhem e criem o movimento. Os ossos também servem de escudo para proteger os órgãos internos.
Os ossos têm duas formas principais: plana (como os ossos chatos do crânio e das vértebras) e comprida (como o fémur e os ossos do braço). Contudo, a sua estrutura interna é essencialmente a mesma. A parte rígida externa é composta, na sua maioria, por proteínas como o colagénio e por uma substância denominada hidroxiapatite, constituída por cálcio e outros minerais. Esta substância armazena parte do cálcio do organismo e é, em grande medida, a responsável pela resistência dos ossos. A medula é uma substância mole e menos densa que o resto do osso. Está alojada no centro do osso e contém células especializadas na produção de células sanguíneas. Os vasos sanguíneos passam pelo interior dos ossos, enquanto os nervos os circundam.
As articulações são o ponto de união de um ou mais ossos e a sua configuração determina o grau e a direcção do possível movimento. Algumas articulações não têm movimento nos adultos, como as suturas que se encontram entre os ossos planos do crânio. Outras, contudo, permitem um certo grau de mobilidade. É o caso da articulação do ombro, uma junta articulada esférica que permite a rotação interna e externa do braço e os movimentos para a frente, para trás e para os lados. Em contrapartida, as articulações de tipo dobradiça dos cotovelos, dos dedos da mão e do pé permitem apenas dobrar (flexão) e estender (extensão).
Outros componentes das articulações servem de estabilizadores e diminuem o risco de lesões que possam resultar do uso constante. As extremidades ósseas da articulação estão cobertas por cartilagem, um tecido liso, resistente e protector que amortece e diminui a fricção. As articulações também estão providas de um revestimento (membrana sinovial) que, por sua vez, forma a cápsula articular. As células do tecido sinovial produzem um líquido lubrificante (líquido sinovial) que enche a cápsula, contribuindo para diminuir a fricção e facilitar o movimento
Funções dos ossos
  • Proteção: protege órgãos internos, tais como cérebro e órgãos torácicos;
  • Apoio para músculos, como se fosse uma moldura para manter a sustentação corpórea;
  • Produção sanguínea através da medula óssea que está na cavidade óssea, através do processo chamado hematopoiese:
  • Reserva de minerais, principalmente cálcio e fósforo;
  • Funcionamento, conjuntamente com articulações, dos músculos esqueléticos e tendões, para permitir o movimento do animal;
  • Mantém o equilíbrio ácido-base, funcionando como tampão, absorvendo sais alcalinos;

 Estrutura óssea

O osso é formado por matriz óssea e por células, sendo estas os osteócitos, que situam-se dentro da matriz óssea, os osteoblastos que produzem a parte orgânica da matriz, e os osteoclastos que participam da remodelação óssea.

 Osteócitos

Os osteócitos estão dentro da matriz óssea; há comunicação entre os osteócitos por onde passam pequenos íons, esta característica é essencial para a manutenção da matriz, quando esta célula morre há reabsorção pela matriz.

 Osteoblastos

Os osteoblastos são responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz, ou seja, colágeno tipo I. e glicoproteínas. Concentram fosfato de cálcio e participam da mineralização óssea. Quando forma a matriz, ao redor do osteoblasto e que não esta calcificada ainda, chama-se osteóide.
 Osteoclastos
São células gigantes, intensamente ramificadas. Elas secretam para dentro da matriz óssea íons de hidrogênio, colagenases e hidrolases, digerindo a matriz óssea e dissolvendo os cristais de sais de cálcio. A atividade desta célula é comandada pela calcitonina e paratormônio. Matriz Óssea
É uma substância do tecido ósseo onde encontramos lacunas onde situam-se os osteócitos, ela é constituída por uma parte inorgânica e outra parte orgânica. A parte inorgânica é principalmente constituída por íons de cálcio e fósfato, mas podemos também encontrar íons de potássio, magnésio, citrato, sódio e bicarbonato. O cálcio e o fósfato formam cristais que estudo de difracão de raios-x mostram ter uma estrutura de hidroxiapatita. A parte orgânica da matriz e constituída por grande quantidade de fibras colagenas de tipo I (95%) e uma pequena quantidade de glicoproteínas e proteoglicanas. A dureza e a resistência do osso deve-se a associação das fibras colagenas de tipo I com hidroxiapátita.

 Doenças dos ossos

Os ossos, ou o próprio esqueleto humano, podem apresentar diversas patologias e estão suscetíveis a lesões. As mais comuns são os traumas e as doenças degenerativas como escoliose, lordose, cifose, ou a perda de minerais conhecida como osteoporose.

 Tipos de ossos

Em relação à forma, existem três tipos principais de ossos:
  • Ossos longos, como as costelas, o fêmur, o úmero e outros ossos dos membros;
  • Ossos chatos, como os do crânio e a escápula;
  • Ossos curtos, de forma arredondada ( assemelhaça a um cubo) possuem as três dimensões mais ou menos iguais e só são encontrados no tornozelo(tarso) e punho (carpo).
Ossos sesamóides ou supranumerarios, temos com exemplo a patela.Presentes no interior de alguns tendões, que sofram um stresse físico e tensão, como palmas e plantas.
  • Ossos Irregulares, como as vértebras.